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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
http://www.youtube.com/watch?v=gSPfwCZchhg
Grace is Gone - DMB
obs: Anônimo, quem é você?
Postado por Mariana Marin às 17:26 2 comentários
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Se bem que, para começar, não poderia querer definir a diferença entre o dito “certo” e o “errado”, muito menos estabelecer estreitamento na relação – desejada por todos, então, inexistente – entre tais pontos que a eles lhes cabe a posse.
Ocorreu-me essa ideia quando divagava, aguardando impaciente pelo sono que não vinha, sobre o que fiz ontem – ou há muitos meses atrás – mas que se mantém palpitante na memória de tal modo a se arrastar ao presente e tomar-me conta por inteiro: desde reflexões sobre o que foi feito, como novas atitudes em relação a velhos acontecimentos.
Nesse cenário, pus-me a tencionar sobre o que fiz – e assim deixei simplesmente feito-, e sobre o que fiz e assim não o devia. Este caso, no qual há a exigência da mudança, atingiu-me ao peito com estranhas sufocações e inquietantes culpas de consciência: e então a mim a sentença: erraste!
Mas como poderia ter, assim, feito?
Sei bem ter contrariado a todos os conselhos e conceitos me empurrados goela à baixo quando golfei-os violenta e porcamente sobre as faces julgadoras que se postavam rigidamente diante de mim. “Mas o que havia para ser feito?” Pensei. E então, veio-me a segunda frase: fizeste o que era certo para ti!
E assim volto ao primeiro parágrafo dessa escrita auto biográfica e quase inconsciente: de que profundezas obscuras desenterrei tais adjetivos: certo e errado? Oh! Já estou errada: não poderiam jamais prover de algum lugar profundo qualificações tão superficiais. Sendo assim, refaço: de que superfície esgarçada retirei os conceitos do maniqueísmo? Ah, sim. Agora me parece melhor – quase certo, contraditoriamente.
Sem mais delongas, volto-me ao meu passado tão presente e desejo, ainda assim, ter agido diferente. Não por força do erro ou do acerto, mas sim pela irrevogabilidade que a constante mudança impõe ao meu ser e, sendo assim, é a causadora de profundos arrependimentos e inquietações. Aquilo que, outrora, fora considerado inequívoco, agora se mostra a mim como realmente era: nada, senão inequívoco.
No entanto, no escorrer dos minutos desse tempo que se arrasta, passei a enxergar pontos de equívoco em um todo sem enganos. E não culpo a isso as transgressões temporárias que afetam se não somente a mim, eu que por elas sou susceptível ao encontro e influência.
Eu que tão frágil entrego minhas noites ao mais profundo e inerte devaneio, esse que não é outra coisa além de um reflexo embaçado dessa alma que de límpida e rutilante não há nada: no seu íntimo ela é envolta por uma densa neblina que já não tenho conhecimento se por lá sempre esteve, ou se se agarrou às paredes de minha consciência e pensamento de um modo penetrante.
Veja só!
Já estou eu, novamente, fazendo uso de adjetivos essencialmente antagônicos na tentativa de expressar o que abrigo em mim. Desculpe-me pela falha!
Creio ser uma pessoa adjetiva. Qual outro seria o motivo de tanto utilizar predicativos?
Não que essa afirmação, seguida por uma pergunta, exclua por completo a possibilidade de me ser apenas familiar o hábito de discorrer exaustivamente sobre qualquer questão (seja ela ignóbil ou não). Só me parece mais sonoro e respeitoso a mim dizer que sou adjetiva.
Aliás, é um belo adjetivo dizer-me adjetiva.
Estranho.
Não são apenas os minutos que se escorrem com a vivência: também sinto meus dedos pulsarem inconscientes. Será que finalmente saí de mim? Ah, creio que não, infelizmente. Mesmo que saída tenha sido sempre o que procuro.
Saída não, fuga.
E é fugindo de mim que me calo na noite, em sua calada, para tentar encontrar escapatórias, encontros, despedidos e cumprimentos que não cabem apenas aos caminhos do caso: são propriedades minhas. E não é, se não por isso, que encho meu eu com tanto remorso e tanta solução para tal: primeiro com o errei, depois com o errei por isso ter sido o certo, e, por fim, convencendo-me de que nada pode ser tão, tão antagônico e sem sentido assim.
Mania estranha essa minha de achar causa e efeito pra tudo. Justificativas que cabem em si – e só em si, e logo não me alcançam, pois no meu íntimo continuo a perguntar: Por que fizeste isso, criatura?
“Está feito”, é a resposta do meu eco nada sonoro a mim.
É, está feito.
Mas não nas entranhas da noite.
Elas me são amigas e conselheiras: maiores provas de compaixão que já que recebi. Não a compaixão de Kundera, dizendo que ela atinge a todos de forma irreversível, e sim a verdadeira compaixão: aquela que é marginalizada, sufocada e oprimida.
Então, é assim que me despeço: sem um simples “até” ou um solene “adeus”, mas apenas com um copo de suco de maça à mão, um pijama a me cobrir o corpo, a visão da cama em minhas vistas e a certeza de que mais um momento amigo, apesar de angustiante, está por vir.
Finalmente vou me deitar.
Postado por Mariana Marin às 10:20 4 comentários
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Maaaaaaaaaaaaaaaaaas
(sempre TEM que haver um porém - ou um maaa(...)aas, no caso, senão não sou eu) a i n d a tenho "esperanças" (?) na realidade, já que, afinal, tudo o que eu sinto quando sonho acordada nada mais é do que uma sensação também não-realizada sendo que o que eu posso sentir enquanto não sonho e continuo acordada não é apenas real como também palpável.Faz sentido, não é?
Postado por Mariana Marin às 11:31 3 comentários
sexta-feira, 19 de junho de 2009
E ela espera.
De novo.
Sua vida inteira havia sido uma constante espera, mesmo que ela não tenha se dado conta disso. Esperou pela primeira boneca, pela primeira maquiagem, pela autorização dos pais para fazer o segundo furo na orelha, esperou pelo primeiro beijo – como esperou! – , esperou que alguém lhe dissesse que todos os boatos sobre fadas serem falsas eram mentira e, quando eles não disseram, ela se desesperou. E depois só esperou o desespero passar, e realmente acreditou que ele tenha passado. Mas será que ele passou?
Depois, ela esperou pelo pedido de namoro. Uma vez. Duas, três. E muitas outras vezes. Até que um aconteceu e a fez perceber que namorar não era exatamente aquilo que ela esperava. Então foi embora e esperou a mágoa passar. Essa passou, cicatrizou, mas deixou uma marquinha branquinha, bem fininha, quase imperceptível, mas que estava lá.
Aí ela esperou pela lista. A lista de aprovados no vestibular, a lista de empregos, de promoções de viagens, de carros e imóveis a venda. Esperou pela inspiração pra fazer a tatuagem certa. Quando teve a ideia perfeita, mostrou-a à mãe, esperando pela reprovação. Não a recebeu. Estranhou. Aceitou feliz. Olhou pra irmã, esperando que ela lhe dissesse “uau, que legal”, ou algo assim, e ela disse exatamente isso. Que bom que disse.
Uma vez. Duas vezes. Três vezes. Muitas vezes. Ela esperou e esperou pelo homem dos seus sonhos, até que um dia ele apareceu, e no outro ele se foi. Aliás, não foi ele que se foi, apenas o sonho tinha mudado. Nascera um outro, bem bonitinho e gordinho, de perninhas flácidas. Chamava-se Alice.
Então, o sonho foi crescendo, e ela esperando que ele pedisse a boneca, a maquiagem, o segundo furo, escondesse o primeiro beijo. Esperou que ele se tornasse um sonho meigo e doce. Inteligente, bem educado, culto. Afinal, quantas horas ela havia passado apresentando livros e autores e compositores e instrumentos e quadros a ele? E o sonho cresceu. Ficou bem grande. Uns 55 quilos, 1,63 metros. É, já era maior do que ela. E ele não era tão culto assim, nem tão meigo. Mas era engraçado, muito feliz. Trazia-lhe mais alegria do que poderia prever.
Depois de tudo isso, ela esperou a aposentadoria: e ela chegou! Guardou o dinheiro e esperou o verão para ir a um lugar paradisíaco fugindo do mundo. Mas o seu salário não era tão grande assim, então ela esperou uma boa promoção para parcelar em 12 vezes sem juros sua viagem de 15 dias para X. E ela esperou pelas semanas. E nas semanas, esperou que cada dia se arrastasse como três. E esperou conseguir fugir. Não fugiu, Voltou morrendo de saudade de Alice.
Do que mais poderia ter sentido saudade?
De si, talvez. De tanto esperar pelos outros, talvez tenha esquecido no caminho, derrubado, por acaso, uma parte importante que compunha seu ser. Ou não. Ela não sabia. Nem a gente sabe.
Mas, enfim, ela voltou para Alice.
E esperou.
Esperou pelo seu abraço. E o recebeu bem apertado. E, então, toda a espera de uma vida toda valera apena.
Postado por Mariana Marin às 16:52 2 comentários
terça-feira, 26 de maio de 2009
Dizem que as pessoas são loucas: pura verdade.
Todas temem a morte, mas não por amarem demais a vida. Acho que do quê elas realmente gostam é do perigo, do êxtase por ele oferecido. É isso aí, nada como olhar para os próprios pés e ver um mar de arranha-céus explodindo, eclodindo abaixo de você. E o melhor – ter plena consciência de que, a qualquer momento, aquilo tudo pode se destroçar.
Eu estou sobre uma linha manca. Sobre pernas finas e fracas. Ou seria o contrário? Não importa. Ambas podem arrebentar a qualquer momento. Elas estão fundidas - quentes, de um vermelho brilhante e flamejante. A fumaça se solta e chega até meu nariz. “Cheiro estranho, mas não exatamente desconfortável”, penso eu.
Cada passo em direção ao lado oposto sentencia o afunilamento da já tão sensível ponte.
“Íngreme, Íngreme. Deve doer desabar”.
No entanto, sinceramente, não há muito com o que se importar. Cada um está perdido dentro de si e de suas complexidades – ou simplicidades, por que não? E é exatamente nessa perdição que se sustenta uma linha concreta, sem risco de ruptura: a certeza de não ter escapatória.
“Não sei se eu tenho o que quero ou se me agarro àquilo que preciso.”
Mas o importante mesmo é se agarrar muito, muito forte, com unhas e dentes e dedos e pernas e braços. Pois, assim, se sabe: não há como cair.
Dias que parecem tantos e que são tão poucos e frescos
Postado por Mariana Marin às 17:14 2 comentários
domingo, 19 de abril de 2009
terça-feira, 7 de abril de 2009
Postado por Mariana Marin às 16:49 1 comentários
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Não te atormentes pelo que penso ou sinto, sou egoísta demais, o que te dá o direito de seres comigo também, mas tenho certeza que não serás. Acho que a palavra conformismo foi mal usada e um pouco exagerada, digamos que acostumar fica melhor colocada.Entendas que às vezes sou irracional e desumano, maneira de esconder o quão frágil posso ser por dentro, o quanto de falar que não sinto, sinto duas vezes mais. Não acredites naquele “Eu” que diz que nunca amou ou irá amar, talvez ame ou já tenha amado, mas ainda não hei descoberto."
Bi, é homo, eu sei. Também sei que você não vai gostar, mas eu simplesmente não aceito a ideia de ficar sem você.
Postado por Mariana Marin às 19:19 0 comentários
quarta-feira, 1 de abril de 2009
E desligou.
Postado por Mariana Marin às 10:13 1 comentários
sábado, 28 de março de 2009

Oh, meu Romeu! Não julgues leviano este amor que descobriste na noite escura...
Oh, meu Romeu! A despedida é tão doce que o esperarei até o romper do dia...
Este botão de amor que floresce agora será uma linda flor na outra vez que nos vermos...
Oh, meu Romeu, abençoada noite, temo que seja um sonho, é bom de mais para ser realidade..." Fala de Julieta;
Romeu e Julieta, Willian Shakespeare
Foto: Shakespeare in love
Postado por Mariana Marin às 16:44 0 comentários
quinta-feira, 26 de março de 2009
Postado por Mariana Marin às 17:52 0 comentários
quarta-feira, 25 de março de 2009
Postado por Mariana Marin às 18:01 1 comentários
terça-feira, 24 de março de 2009
(Em relação ao texto "O Grito")
Depois de ler esse texto, uma onda de pseudo-esperança percorreu o meu corpo por um longo e prazeroso tempo. Ele é o tipo de crônica com a qual pouca gente concorda, mas que todo mundo gosta .
Não gosta por apenas gostar, mas pela inegável necessidade de que nós, pessoas, temos de sempre nutrir e acariciar aquela parte que nos renova, que nos coloca de pé. O ser humano é (bem, pelo menos EU sou) dependente da renovação - ou do mero reabastecimento - de suas crenças, pois somente elas são capazes de transformar uma realidade massante e irremediável em algo potencialmente diferente.
Quando eu leio que algo grita dentro de mim, acabo me transportando para um local onde as regras são feitas e estabelecidas por mim. Por lá, eu posse ser quem bem entender e, quando sou quem eu quero, me torno alguém inabalável, iderreubável, digamos. Eu simplesmente estou no controle e nele permanecerei.
No entanto, esse Texto, o da Martha, cutucou em mim uma história que, diariamente, eu tento deixar clara e formar uma opinião sobre. Trata-se do tal do maniqueísmo. Será que é realmente possível considerar que existe uma verdade única e absoluta? Dizendo que sim, aceitamos a existência do bom e do errado, do bonito e do feito, não mais em formas subjetivas, mas sim em formas pontuais e universais.
A todo momento eu me deparo com duas versões, duas verdades. Eu assisto à mudança de padrões: posso ver o belo ser transformado em feio, assim como o certo se tornar errado. Torno-me telespectadora de mim mesma em momentos nos quais atuo de maneira que não faria há um ano atrás.
Estou em constante mudança, incorporo-a com propriedade. Para a mudança, na mudança e durante a mudança não há limites excludentes. O colorido mistura-se com o incolor, a maldade é causada pela bondade exagerada e a loucura é causada pela instrução em excesso, o que afasta a alienação. É-se forte o bastante para suportar a insanidade, porém muito fraco para afastá-la.
Há algo que também grita dentro de mim. Não sei se é a verdade, a indecisão ou a mentira, só sei que faz os meus ouvidos doerem e o corpo latejar. Há algo que esfrega pelos cinco sentidos que eu não sei o que fazer; se ajo, foi por mal. Se calo, foi por receio. E o que faço por bem?
Mais uma vez, algo está gritando.
Com sua licença, vou tentar alcamar toda essa histeria.
Postado por Mariana Marin às 12:30 1 comentários
sexta-feira, 20 de março de 2009
Postado por Mariana Marin às 14:27 0 comentários
quarta-feira, 18 de março de 2009
Postado por Mariana Marin às 14:15 1 comentários